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domingo, 25 de outubro de 2009

sem horas

Apetecia-me dizer que estou a ler um livro cheio de citações magníficas, que me deixam inspirada para ter pensamentos mais profundos; e, como consequência última, me conduzissem a uma escrita sob influência do inconsciente. Apetecia-me dizer realmente tudo o que me vai na alma e para lá dela. Para lá das vazias páginas em branco que visito na realidade, e que acaricio em sonhos dormentes, como se fosse um tique-taque de uma bomba prestes a explodir em fagúlhas de letras e de números, de frases e de pensamentos. Apetecia-me dizer que ando adormecida e que, por isso, não consigo escrever nem sequer percepcionar o que a minha percepção anda a conspirar contra mim mesma. Mas na verdade, os sentidos andam em alerta constante e em velocidade máxima perante o sinal verde da auto-estrada da vida. Na verdade, o tempo que me resta não me dá para tudo o que quero fazer. Não ando com a casa às costas, mas os sonhos e os planos viajam na minha carapaça de caracol...e cada pedaço de caminho que deito fora, faz-me sentir que ainda estou muito longe de casa.Gostava de engolir o tempo e suster a sua passagem como quem suspende a sua respiração um pouco mais...só um pouco mais.
Corre-me nas veias a adrenalina e a ansiedade da passagem do Tempo. E sinto os meus braços como se fossem os velozes ponteiros de um relógio que batem em vez do coração...e cada uma das suas batidas, deixa marcas profundas na minha alma: o fim a bater à porta.
Por agora, limito-me a ser um beijo em suspenso que cresce no ramo mais profundo do meu corpo sem raízes. Qualquer dia, um breve dia, soltar-me-ei num beijo de pétalas de sangue...

2 comentários:

Ana Paula disse...

Olá querida dinda!!!! Infelizmente a troca fadas e bruxas já se encerrou... Eu postei as fotos da maravilhosa troca que me enviaste!!!! A sua parte está na caixa, quero enviá-la esta semana!!!! MIl beijocas e uma maravilhosa semana!!!!!

Teté disse...

A ansiedade da passagem do tempo é algo a que poucos escapam. Por vezes, até naquela vertente mais agreste, que afinal já passou e que ainda não construímos aquele castelo dos nossos sonhos de criança...

Beijocas, Su!