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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

2010 EM GRANDE PARA TODOS VÓS!

"We will open the book. Its pages are blank. We are going to put words on them ourselves. The book is called "Opportunity" and its first chapter is New Year's Day. "
Edith Lovejoy Pierce

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

NA TELA DA TEIA: 3 em 1!

AVATAR
Podemos falar de cinema pré-AVATAR e em cinema pós-AVATAR. De facto, nada iguala a grandeza e novidade de realização cinematográfica trazida por James Cameron com este filme. O 3D facilita a entrada nesse novo mundo que torna a perspectiva do filme como mais um momento no qual estamos integrados. E preparem-se que, no futuro, de certeza que teremos as famosas marcas de óculos de visão e de sol a vender óculos para filmes 3D, ao gosto de cada um. O cinema após o Avatar, tal e qual como tem sido até então, tornar-se-á obsoleto. A história apresenta um perfil marcadamente americano, cuja acção centra-se num fuzileiro paraplégico que é levado para outro planeta, chamado Pandora, numa investigação científica de estudo dos nativos locais: os Navi (uma raça humanóide, com a sua própria língua e cultura). Este fuzileiro adopta um avatar para si mesmo, que o representará nesse meio, no qual se irá integrar, aprendendo língua, costumes e, ironicamente, um pouco mais do que é ser humano. O objectivo verdadeiro da missão estende-se a uma empresa privada terráquea, que pretende extrair um minério poderoso, de modo a fazer fortuna na Terra. Altos valores e e defeitos humanos vão estar em destaque: o respeito pela Natureza (fauna, flora) versus a desmesurada ambição humana (que pode levar à destruição de um planeta). Portanto, a mensagem ecológica é clara, a acção do filme não é inovadora mas as técnicas de filmagem são fabulosas. A não perder em 3D! (P.S.: É aconselhável não escutar a música final do genérico a ouvidos mais sensíveis a músicas lamechas do género Céline Dion...um ponto negativo, James Cameron!)

PANDORUM Um conto de ficção científica, e terror, que nos pinta um ambiente escuro, claustrofóbico e assustador (em jeito de “novo Alien”) dentro de uma nave (Elysium), em direcção a um novo planeta com condições semelhantes ao planeta Terra: Tanis. A humanidade abandona a Terra, após milénios de degradação e exploração exarcebada do planeta. Após uma viagem de cento e tal anos, em que a tripulação está mantida num sono criogénico, dois tripulantes acordam, sem terem lembranças de nada. A acção centra-se na sobrevivência e na composição do puzzle que os poderá orientar sobre a verdadeiro destino da nave, ao mesmo tempo que têm de ser capazes de sobreviver perante as novas adversidades que foram nascendo ao longo desses anos no interior da nave: uma nova espécie mortal. Ninguém está sozinho… e a realidade é sempre mais do que as aparências revelam. Muito bom. Mais uma chamada de atenção ao que se anda a fazer ao nosso planeta!!

A ONDA
Saímos da ficção científica e passamos para um filme baseado em factos reais, decorridos na Alemanha. Numa escola de ensino secundário, um professor de História avança com uma experiência numa turma que se inscreveu nos projectos semanais oferecidos pelo estabelecimento. O professor inicia a aula perguntando:” É possível que o totalitarismo volte à Alemanha?”. Os alunos discordam… o seu país está mais civilizado e seria impossível as pessoas dos dias de hoje aderirem a este conceito. O tema é o reflectir sobre o que é a autocracia e fascismo. Da ideia passa-se à acção num instante; e a turma, unindo-se como um grupo coeso, com um código próprio (desde a forma de vestir à forma de estar), passa a ser espelho do que é estar a ser orientado por um regime ditatorial levado às últimas consequências. O pensamento totalitário invade as mentes dos alunos desta turma, extrapolando para fora do estabelecimento escolar. Perto do final do filme, o professor volta a fazer a mesma questão…e a resposta terá sido dada durante todo o filme. Altamente aconselhável. (P.S.: Eu quero escolas como aquela aqui em Portugal: em termos arquitectónicos são fabulosas!).

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL!

Acima de tudo, muita saúde, muito amor, muita alegria e muita harmonia...que isto não é uma época de "stress" (como se vê muitas vezes à custa das compras das prendas de Natal!!)...é de aproveitar o calor humano e os laços que se estendem mais calorosos entre nós todos. Tudo de bom para vocês!!

"Quando cai neve


Quando cai neve
Dizem que é Natal
E que vão chegar as prendas
Pobre de mim
Que vive ao pé do mar
Onde o sol desfaz as lendas
Refrão
Dling, dling, dlão, dling, dling
Dling, dling, dlão, dling, dling
Dizem que o sol
Para não se constipar
Se esconde aqui pertinho
Vou logo à noite
Sem o acordar
Vesti-lo de branco lindo
Refrão
Dling, dling, dlão, dling, dling

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

NATAL...dos hospitais?!

Esta é uma história muito simples em jeito de desabafo. Daquelas que qualquer pessoa que leia de certeza que já passou por situações semelhantes. Não começa por "Era uma vez..." porque são inúmeras as vezes e não sei onde teve início ou se alguma vez terá fim. Ultimamente, tenho sido uma quase assídua frequentadora do Hospital Garcia de Orta, em Almada. Devo acrescentar infelizmente, como é óbvio. A parte que eventualmente poderá ser mais feliz é porque não tem sido por minha causa. Acompanho pessoas da minha família, como o meu pai por exemplo, que tem sido "agraciado" com pulseira vermelha de cada uma das vezes que aparece lá. Algumas coisas ficam gravadas na nossa memória e muitas delas nem se passam directamente connosco. Numa das vezes, enquanto acompanhava o meu pai, num dos átrios interiores, para uma rápida visita, reparei (assim como diversos utentes) que um idoso, numa das macas, tentava virar-se. Como não estava a consegui-lo sozinho o acto estava a sair-lhe muito mal e estava em vias de queda. Uma enfermeira próxima dele assistia impávida e serena. Depois de sucessivas chamadas de atenção a essa mesma enfermeira, e como ela continuava sem se mexer, olhando de uns para os outros, uns quantos utentes lá se levantaram a acudir e a ajudar o senhor. Conversa da enfermeira: "Não podia fazer nada. Eu sou do piso 1 e não das urgências!"...mas o que é isto?! Não se estava a pedir para fazer uma intervenção cirúrgica! Apenas se pediu ajuda para outra pessoa à sua frente! Uma coisa que se costuma escutar vezes sem conta, são as respostas secas e rápidas destes profissionais da saúde quando alguém lhes solicita alguma coisa:
-" Já vai!";
-"Ai isso não é comigo, é com a Doutora.";
- "Agora não, estamos muitos ocupados.";
- "Tem de aguardar mais um pouco, estamos com falta de pessoal".
Isto são algumas das expressões mais correntes...sim, "Já vai" e o meu pai teve de esperar quatro horas por um pouco de água porque estava imóvel numa maca (após outras quatro horas de quase inconsciência!). E bebeu água, sim: em casa. "Agora não, estamos muito ocupados." quando passo por alguns desses mesmos corredores e vejo num dos gabinetes um "Kit Kat" entre um médico e uma enfermeira, em que ambos, comodamente sentados, falavam "naquela com quem saíste ontem à noite" ou "naquele a quem já telefonaste". Quando recebeu alta (e mesmo sem quase se conseguir levantar, esqueceram-se dele numa sala, assim como de entregar os exames que tinha realizado! Tive de ir "incomodar" a pobre da médica que o acompanhou no segundo turno! A expressão dela era do género:"Que coisa! Mas para que é que estas pessoas querem saber os resultados dos exames, e o porquê de ficarem assim doentes, não é?!" Depois, como deve haver mesmo falta de pessoal (visto que as prioridades do nosso governo não são mesmo a Saúde e a Educação), tem de se esperar, na enorme mas apinhada sala de espera (apenas com uma casa-de-banho!) por informações sobre os respectivos familiares que , como no meu caso, entra à hora de almoço e sai às tantas da madrugada, segundo um horário adequado às necessidades do hospital. Ou seja, de manhã e de tarde há o período de uma hora para se requisitar informações sobre os doentes. Das cinco e meia da tarde até à meia noite temos de aguardar, sem saber nada dos mesmos (se está melhor, se pior, se fica internado...)...nem vou comentar a ausência de informação durante toda a madrugada... Sei que é triste escutar as pessoas dizerem:"Ir ao hospital, eu?! Irra, mais vale ficar doente!"
Nem tudo é uma "Clínica Privada" ou corresponde à "Anatomia de Grey"...isso, é a brincar...como quem diz: "Vamos brincar aos médicos e às enfermeiras!".

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

TROCA DE INVERNO

De umas trocas que ficaram de há uns bons meses atrás, recebi só coisas lindas da minha afilhada da blogosfera: Ana Paula. Resultados da TROCA INVERNO. Adorei tudo e com o frio que vai "estalando" para estes lados já usei umas quantas coisas. Tudo com muito bom gosto e feito ao pormenor. Aninha, tens fotos do que te enviei? Se tiveres podias passar para mim via mail?! Beijinhos e MUITO OBRIGADO! É sempre tão bom receber estes mimos todos pelo correio...aqui fica um pormenor de um bloquinho que a Ana fez para mim (o desenho foi feito por ti?! Lindo!!):Algumas fotos das coisas que enviei à Ana, "gentilmente" raptadas do seu blog:


domingo, 13 de dezembro de 2009

CONCERTO DOS EDITORS e o FILME ÁGORA!

CONCERTO: THE EDITORS

No passado dia 10, no Campo Pequeno, fomos ao concerto dos Editors. Precisei de tempo para "remoer" o assunto musical, pois, de facto, mais um excelente concerto musical para fechar, com chave de ouro, os concertos para este ano 2009. Para abrir tivemos o privilégio de assistir aos experimentalistas Wintersleep e aos entusiastas Maccbees (cuja voz do vocalista me faz recordar um misto de Elvis Presley e The Killers!). Foram bem recebidos e apreciados! Duas bandas a acompanhar e a conhecer mais. Aconselho. É ao som de "In This Light and On This Evening" que os Editors iniciam o seu concerto. Tocaram grande parte dos seus novos temas. Aguns destes, assistimos pela reacção do público, não resultam muito bem em concerto (apesar de não deixarem de ser excelentes temas...contudo, mais próprios a um ambiente mais intimista e individual). Mas foi um concerto em que os Editors "se deram" manifestamente ao público e, da mesma forma, receberam do público: entusiasmo, cumplicidade, magia. De facto, os temas poéticos assim como as melodias discretamente góticas, fazendo um apelo aos sempre presentes Joy Division, e a grande voz de Tom Smith encantaram o público. Era apenas deixar a voz libertar-se entre as vozes da banda, as guitarras eléctricas, piano e sintetizadores. "...uma mescla de juventude com sangue na guelra e serenos trintões, que verão nos homens de "Munich" um reflexo da sua dieta pós-punk e até gótica numa década que já lá vai." (in Blitz). Despediram-se com um até breve que remete para o Verão. Eu aceitei a despedida com vontade de os reencontrar nessa altura. Descubram este grande álbum "An End has a Start". Vai valer a pena. FILME: ÁGORA

Foi nesta sexta-feira que fui assistir ao filme espanhol: ÁGORA: É um grande filme que, com o tempo, irá tornar-se em mais um clássico do género dos filmes como O Gladiador, Tróia, 300... História: Tudo gira em torno da figura de Hypatia de Alexandria (protagonizado por Rachel Weisz), a primeira mulher filósofa do Ocidente que contribuiu para o desenvolvimento das Matemáticas e da Astronomia. Esta história verídica passa-se no Egipto do século IV, numa altura em que o Império Romano encontra-se na sua fase decadente (o que coincide com a aceitação da religião cristã). A par da vida desta corajosa filósofa, encontramos uma fabulosa reconstituição de Alexandria em termos de imagem visual e de usos e costumes. Hypatia era uma filósofa, cientista, astrónoma e professora, cuja única paixão era única e exclusivamente a ciência e a verdade. Nas suas aulas, para além de fomentar o ensino destas vertentes, acaba por fazer nascer paixões ardentes que partem do seu escravo Davus (que a acompanhava e assistia em tudo), e um discípulo seu: Orestes (romano pagão). As religiões não conseguem co-existir e como tal começam a nascer atritos entre os cultos pagãos e os cultos cristãos, provocados por estes últimos. Numa verdadeira espiral crescente de violência começamos a assistir à feroz intolerância e crueldade de uma nova religião, com os seus soldados "Parabalani", que partem para a destruição de tudo o que não lhes convém e que, supostamente, não vem nas ditas Escrituras Sagradas. Nesse consumismo de fogo e de destruição cega, ardem pergaminhos antigos da mais famosa biblioteca da Antiguidade (tratados de ciência, de espiritualidade, de medicina, de poesia); ardem milhares de anos de estética e ardem sentimentos e crenças. O cristianismo faz arder a liberdade de expressão, de conhecimento e de valores individuais como o simples valor de se ser MULHER.
O filme está pejado de fabulosos pormenores de realização...Grande realizador Alejandro Aménabar!! Há muito tempo que um filme não me "tocava" desta forma. Mexe completamente com os sentimentos de quem sente, pensa, de quem ensina, de quem ama os livros, de quem gosta de aprender; especialmente de quem é mulher. Apenas dois dias passaram sobre este filme, e eu continuo a sentir-me ainda sob efeito desta história verídica ( a história da filósofa Hypatia e da cidade de Alexandria). De certeza que vou ver, de novo, umas quantas vezes... tudo em nome da LIBERDADE. E realmente " o mundo mudou para sempre."


segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

FORA DA PRATELEIRA: "O Apicultor", de Maxence Fermine

Há uns dias atrás, a caminho da nossa capital, numa estação de comboios encontrei uma pequena Feira do Livro. Daquelas que quer dar vazão, ao melhor preço, a uma data de livros que pensam já não ter mais estatuto de Best Seller! Que isto da vida de um livro é tramado! Pois bem...entre uma desorganização total de livros (como se tivessem sido despejados aleatoriamente por cima de umas quantas mesas) lá encontrei este de que aqui vou falar, que já me despertara a atenção há uns bons anos atrás:O APICULTOR. Tem a forma de um pequeno conto. Acaba-se a sua leitura como se tivessemos testemunhado um vislumbre sobre um tesouro; uma deliciosa trama que nos envolve suavemente e nem nos apercebemos de que chegamos ao seu fim, de tal maneira estamos suspensos nas suas palavras. "No fim do século XIX, na Provença. Aurélien não esqueceu a abelha que veio pousar-lhe na palma da mão quando era ainda criança. A abelha deixara umas partículas de pó dourado na sua linha da vida. Devotado, desde então, a procurar a quinta-essência do mel, parte para uma longa e arriscada viagem que o conduz a África, aos maravilhosos planaltos da Abissínia. Nesse lugar, espera-o uma mulher dourada, e também um sonho... a cidade das abelhas. Uma história filosófica, uma busca apaixonada da beleza."
ALGUNS EXCERTOS:

* "É inútil exigir da vida mais do que a secreta harmonia que nos liga passageiramente ao grande mistério dos outros e nos permite percorrer na sua companhia uma parte do caminho." * "Para Aurélien, a vida era uma curiosa abelha de ouro que brilha ao longe, voa, embriaga-se de perfume em perfume, embate nos vitrais do sol e procura, na imensidão do céu, o néctar da sua própria flor." * "As abelhas podem morrer de amor por uma flor. // As abelhas podem morrer de amor. As abelhas podem. // Na verdade nada sabemos sobre o poder das abelhas." * "A própole e o mel não eram os únicos produtos agrícolas a oferecer virtudes terapêuticas . Havia sobretudo o alimento das rainhas: a geleia real. Aurélien costumava dizer: - Se durante toda a minha vida me alimentasse exclusivamente de geleia real, tenho a sensação de que me tornaria imortal. Pauline, que não acreditava nisso, replicou: - E se fosse eu a comer geleia, o que é que acontecia? - Ao fim de dezasseis dias, tornavas-te uma rainha."


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

NA TELA DA TEIA: 3 em 1!

Três bons filmes que recomendo, diferentes nos seus conteúdos e excelentes em cada uma das suas diferenças. A ver:

1) MOON, do realizador Duncan Jones (2009) - Ficção Científica/ Thriller
No papel principal ( e quase único) encontramos o actor Sam Rockwell que desempenha brilhantemente um astronauta que está numa base lunar, onde trabalha para tornar a Terra num planeta menos dependente do petróleo. A chegar ao fim dos seus 3 anos de contrato, vê-se confrontado com possíveis ilusões e paranóia, tendo apenas um computador inteligente para o acompanhar (voz do actor Kevin Spacey). A acompanhar as sensações de claustrofobia e de pura solidão escutamos, ao longo do filme, uma tocante música de Clint Mansell que engrandece a experiência existencialista deste filme. Com pormenores de realização fotográficos muito bons.
2) OS HOMENS QUE ODEIAM MULHERES - Niels Arden Oplev (2009) - Thriller

Este é o primeiro filme baseado na trilogia Milenium do escritor sueco Stieg Larsson e conta a história de "Mikael Blomkvist, um jornalista de meia-idade, divorciado, que tem passado a sua vida a denunciar a corrupção do mundo dos negócios de Estocolmo na sua revista Millennium. Quando Henrik Vanger, um poderoso empresário, o convida para um trabalho de investigação, Mikael tem nas mãos material irrecusável. Mas para sua surpresa descobre que, desta vez, esse material não tem nada a ver com escândalos financeiros, mas com o desaparecimento da sobrinha do empresário, Harriet, 36 anos antes, num encontro de família. Com a ajuda da sua nova e rebelde parceira, Lisbeth Salander, uma hacker de alto nível com problemas de comportamento social, irão desvendar muitos segredos da família de Henrik, até então escondidos na penumbra." Há muito tempo que não assistia a um enredo tão viciante e intrigante, que nos agarra do início ao fim do filme. Com reviravoltas no final, umas atrás das outras! Muito bom!

3) (500) - DAYS OF SUMMER, de Marc Webb (2009) - Comédia Romântica (q.b.!)
Um aviso: "Esta não é uma história de amor, mas sim uma história sobre amor." Desde o início, assistimos a um enredo narrado de forma não linear, que avança e recua no reconto desta história amorosa que envolve Tom (um rapaz romântico que escuta os clássicos musicais dos anos 80...sendo que se apresenta esse facto como o motivo para a sua tendência depressiva) e Summer. Uma história comum que nos faz identificarmo-nos em muitos dos pensamentos e atitudes das personagens: os pormenores físicos e psicológicos da pessoa amada; uma frase; os mesmos gostos musicais, e por aí fora. É de salientar a brilhante originalidade de realização ao presentear-nos com cenas animadas (como se fossem separadores dos dias que passam) ou de um momento musical que envolve Tom, ou até mesmo depoimentos que levam as diversas personagens olharem directamente para a câmara. Todos estes momentos acompanham o estado psicológico de Tom (do mais alegre ao mais deprimido, de acordo com o estado da relação com a estranha e apática, mas amada e odiada, ao mesmo tempo, Summer). Excelente! E tomem atenção à banda sonora.

domingo, 29 de novembro de 2009

F***!

"Well, fuck you, too. Fuck me, fuck you, fuck this whole city and everyone in it. Fuck the panhandlers, grubbing for money, and smiling at me behind my back. Fuck the squeegee men dirtying up the clean windshield of my car. Get a fucking job! Fuck the Sikhs and the Pakistanis bombing down the avenues in decrepit cabs, curry steaming out their pores, stinking up my day. Terrorists in fucking training. SLOW THE FUCK DOWN! Fuck the Chelsea boys with their waxed chests and pumped up biceps. Going down on each other in my parks and on my piers, jingling their dicks on my Channel 35. Fuck the Korean grocers with their pyramids of overpriced fruit and their tulips and roses wrapped in plastic. Ten years in the country, still no speaky English? Fuck the Russians in Brighton Beach. Mobster thugs sitting in cafés, sipping tea in little glasses, sugar cubes between their teeth. Wheelin' and dealin' and schemin'. Go back where you fucking came from! Fuck the black-hatted Chassidim, strolling up and down 47th street in their dirty gabardine with their dandruff. Selling South African apartheid diamonds! Fuck the Wall Street brokers. Self-styled masters of the universe. Michael Douglas, Gordon Gekko wannabe mother fuckers, figuring out new ways to rob hard working people blind. Send those Enron assholes to jail for FUCKING LIFE! You think Bush and Cheney didn't know about that shit? Give me a fucking break! Tyco! Worldcom! Fuck the Puerto Ricans. 20 to a car, swelling up the welfare rolls, worst fuckin' parade in the city. And don't even get me started on the Dom-in-i-cans, 'cause they make the Puerto Ricans look good. Fuck the Bensonhurst Italians with their pomaded hair, their nylon warm-up suits, their St. Anthony medallions, swinging their, Jason Giambi, Louisville slugger, baseball bats, trying to audition for the Sopranos. Fuck the Upper East Side wives with their Hermes scarves and their fifty-dollar Balducci artichokes. Overfed faces getting pulled and lifted and stretched, all taut and shiny. You're not fooling anybody, sweetheart! Fuck the uptown brothers. They never pass the ball, they don't want to play defense, they take five steps on every lay-up to the hoop. And then they want to turn around and blame everything on the white man. Slavery ended one hundred and thirty seven years ago. Move the fuck on! Fuck the corrupt cops with their anus violating plungers and their 41 shots, standing behind a blue wall of silence. You betray our trust! Fuck the priests who put their hands down some innocent child's pants. Fuck the church that protects them, delivering us into evil. And while you're at it, fuck JC! He got off easy! A day on the cross, a weekend in hell, and all the hallelujahs of the legioned angels for eternity! Try seven years in fuckin' Otisville, J! Fuck Osama Bin Laden, Al Qaeda, and backward-ass, cave-dwelling, fundamentalist assholes everywhere. On the names of innocent thousands murdered, I pray you spend the rest of eternity with your seventy-two whores roasting in a jet-fuel fire in hell. You towel headed camel jockeys can kiss my royal Irish ass! Fuck Jacob Elinsky, whining malcontent. Fuck Francis Xavier Slaughtery my best friend, judging me while he stares at my girlfriend's ass. Fuck Naturelle Riviera, I gave her my trust and she stabbed me in the back, sold me up the river, fucking bitch. Fuck my father with his endless grief, standing behind that bar sipping on club sodas, selling whisky to firemen, cheering the Bronx bombers. Fuck this whole city and everyone in it. From the row-houses of Astoria to the penthouses on Park Avenue, from the projects in the Bronx to the lofts in Soho. From the tenements in Alphabet City to the brownstones in Park slope to the split-levels in Staten Island. Let an earthquake crumble it, let the fires rage, let it burn to fucking ash and then let the waters rise and submerge this whole rat-infested place.
No. No, fuck you, Montgomery Brogan. You had it all, and you threw it away, you dumb fuck!"

do filme: "A 25ªHORA"


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

DOIS EM UM: Depeche Mode e Massive Attack...

DEPECHE MODE:
Depeche Mode foi a concretização de um sonho de adolescente. A minha história de tentativas falhadas de assistir aos seus concertos data do 11 de Julho de 1993: sem autorização parental! Depois, a 28 de Julho de 2006, já com os bilhetes nas mãos, o concerto foi anulado! OK... este ano, de novo 11 de Julho...no Porto...bilhetes nas mãos, hotel marcado e pago, e mais uma vez concerto anulado! É sina tentar ver Depeche Mode em Julho!!
Foi no sábado passado, a 14 de Novembro, no Pavilhão Atlântico, que finalmente concretizei esse sonho! Só quando os vi entrar no palco é que fiquei 100% descansada de que era desta que assistiria a um concerto dos DM. E que poderei eu dizer?! Foi tudo e mais alguma coisa do que eu esperava: fantástico, temas poderosos que remexeram com os sentimentos do público, com nostalgias e memórias avivadas ao som de sonoridades dos anos 80 e anos 90, e que ganharam novos fãs ao som das novas músicas. David Gahan esteve irreverente e interactivo com o público português. Martin Gore, nos seus solos musicais, fez o que queria do público, comandando a uníssona voz deste, com as suas mãos e também com a sua voz. Saí daquele concerto com vontade de ver mais...de sentir mais...era como se estivesse a experienciar aquela sensação única de "quem estava em casa"! Melhor definição: SPECHLESS!
...2ºMOMENTO... MASSIVE ATTACK:
Saí há um par de horas do concerto, no Campo Pequeno, com aquela mesma sensação do concerto de há dois anos: "isto foi muito à frente"!Não sei ao certo quantos temas novos foram divulgados mas talvez uns oito(seis durante o concerto e dois no encore!). Portanto, houve uma forte apresentação do álbum novo....apresentação essa que me fez ficar fã destes novos temas...Um deles, "Marakesh" (tocado no encore), é fabuloso: desperta um turbilhão de emoções, de deixar sem fôlego. Aliás, uma das características dos concertos dos Massive é mesmo esta: os sons que nós escutamos nos álbuns são fortemente ampliados ao vivo, adoptando nuances extravagantes e alucinadas...como se a música criada por estes génios ganhasse uma nova roupagem, umas novas asas e se libertasse a um extremo poderoso, inalcansável pelas limitações dos álbuns gravados. Acho que se Fernando Pessoa fosse vivo seria fã nº1 dos Massive Attack!!
Apesar de ter sido no Campo Pequeno, o novo tema "Splitting the Atom", não apresentou as imagens chocantes do vídeo original com cenas de touradas. O vídeo wall por detrás destes músicos passou frases de estatísticas de gastos supérfluos de altos políticos europeus; citações de poetas, filósofos e escritores; notícias da sociedade portuguesa...a crítica estava lá: sociedade actual = TOO MUCH of everything! O consumismo exarcebado em jeito de crítica.
É de referir a primeira parte realizada por Martina Topley-Bird e o seu músico "Ninja": uma dupla incrível, perfeita para esta "viagem musical iniciática"...nos sonoros confins experimentalistas da fuga à realidade.Martina após o concerto, numa sessão de autógrafos
Sem palavras...parece que não chegam para transmitir tudo! Mas... queremos mais!!
Por agora...até aos EDITORS, no dia 10 de Dezembro, de novo Campo Pequeno!