Este filme é uma adaptação de um livro infantil, com o mesmo nome, escrito por Maurice Sendak. Com realização de Spike Jonze e produção de Tom Hanks, acaba por ser um filme de crianças para adultos. Max é um miúdo com problemas comportamentais que o levam a querer ter todas as atenções da sua família em si. Após uma discussão com a sua mãe, ele foge de casa, trajando o seu fato de fantasia de coelho. Parte para um mundo imaginário que é uma ilha, cujos habitantes são monstros de proporções enormes. Para não ser devorado por nenhum deles, Max afirma que era um rei no local de onde vinha e aceita ser o rei desta tribo. Cada um dos monstros tem uma personalidade forte e isso é revelado ao longo do desenrolar da acção, enquanto Max relaciona-se com cada um deles. Ao mesmo tempo orienta a construção de um ninho para todos. Os monstros acabam por ser uma metáfora para os seres humanos. Estabelecem uma série de relações complexas, revelam os seus problemas e as suas atitudes exemplificam a nossa sociedade emocional. Max acaba por descobrir que não é muito diferente do mundo de onde tinha vindo...e que a melhor forma de lidar com os problemas e medos é enfrentá-los. E preencher tudo...com AMOR.
Por vezes, o filme perde-se um pouco no absurdo de alguns diálogos...mas acaba-se por perceber a semi-resposta à questão (que não o chega a ser!) do filme:"Where the wild things are?"...fácil: Apenas dentro de nós!Fiquei fã das autênticas "fotografias" deste filme. Muitos tons de sépia, muitos planos de vastos desertos e florestas secas sob um céu extremamente azul ou acompanhando um pôr-do-sol.
Também fiquei fã da banda sonora. O filme abre com Arcade Fire e ao longo do mesmo somos presenteados com temas de Karen O. and the Kids (Karen O. é a vocalista dos Yeah, Yeah, Yeahs!).
Vejam esta montagem de partes do filme, com uma das músicas: