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domingo, 21 de julho de 2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
Às vezes esqueço a alma em casa
E deixo o corpo sair à rua
Não dando conta do real tamanho da solidão
De todos os outros corpos sem almas
Pois estas costumam deixar-se em casa
Fechadas, sozinhas, quase abandonadas
Porque o tempo lá fora é de assalto à mão armada
Em busca de outras almas maiores
É que há um Banco Internacional onde estas se guardam
E que mais parece ser uma prisão
Cada corpo que lhe aparece
Raramente costuma servir
Nada feito. É sempre assim
Corpo sem alma. Alma sem corpo.
Não há possibilidade de negócio
Não há solução de encontro
E eu que às vezes esqueço a alma em casa
Deixo o corpo massificar-se com os outros
Gosto de parecer mais um qualquer
Gosto de não sentir o que quer que seja
Gosto de não antecipar o momento e a esperança
Gosto de esperar a dose e a medida
Que vão certas neste cesto de ilusões
A vida é uma maça envenenada
Com uma doce mordida no final.
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