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quarta-feira, 18 de março de 2009

LUX LUCET IN TENEBRIS

(apenas uma árvore entre alguns dos cantos da Citânia Briteiros, Guimarães)

"Desde as origens que os homens se sentem confinados a um mundo no qual sofrem como exilados. Na sociedade moderna ocidental, onde predominam os valores de conforto material e vazio de horizonte ontológico, esse sentimento de exílio terrestre perdeu-se. Apoderou-se de nós um sentimento de ditosa atonia que nos dá uma sensação de vegetativa eternidade dentro da nossa própria finitude."

(in Deuses e Rituais Iniciáticos da Antiga Lusitânia, de Gilberto de Lascariz. Zéfiro.)Vim em resposta ao desafio de leitura proposto pelo matchbox32. Aqui fica um dos meus excertos preferidos, do livro que estou a ler...ou melhor, mais significativo. Tal como ele fez, passo este desafio para todos os que aqui vierem visitar a Teia. Peguem nos livros que estão a ler e transcrevam um dos vossos excertos preferidos.

7 comentários:

Cruztáceo disse...

Tão actual...Apesar da época retratada.

suspiro

Anónimo disse...

Clica aqui e ajuda-me a ganhar o primeiro prémio!

susemad disse...

"O inferno dos vivos não é uma coisa que virá a existir; se houver um, é o que já está aqui, o inferno que habitamos todos os dias, que nós formamos juntos. Há dois modos para não o sofrermos. O primeiro torna-se fácil para muita gente: aceitar o inferno e fazer parte dele a ponto de já não o vemos. O segundo é arriscado e exige uma atenção e uma aprendizagem contínuas: tenar e saber reconhecer, no meio do inferno, quem e o que não é inferno e fazê-lo viver, e dar-lhe lugar."
"As Cidades Invisíveis", de Italo Calvino

Teté disse...

OK, amanhã coloco o desafio lá no canto!

Beijocas!

Susana Júlio disse...

cruztáceo: Sim, das duas uma...ou andamos a padecer de dores antigas, sofrendo essa sensação de exílio; ou então anestesiamo-nos constantemente com a sociedade e suas exigências, materialismos e horas de ponta, stress em cima de stress, egocentrismo e comodismo, de tal forma que parecemos eternos...a morte é sempre aquela coisa que nunca nos acontecerá porque não pensamos nela.

tons de azul: Amei este excerto que escolheste...para os inquietos...o inferno é o AGORA e o AQUI. Bjs grandes.

Teté: Fico bastante curiosa com o teu excerto! E, portanto, com o que andas a ler agora. :) Bjs.

Kátia disse...

Saudades dessa tão bem tecida teia...devo visitas--muitas!--eu sei,mas as coisas vão se acertar com certeza.
Receba meu cheiro e meu beijo super super carinhoso e amigo.

Hamleikah disse...

Olá Linda!
Já li algumas coisitas deste livro e é bom.
Vê também o "MITOS E LUGARES MÁGICOS DE PORTUGAL" de Eduardo Amarante, aconselho!
Beijos