Não há mais nem menos do que a regra e as excepções nascem de uma lógica imperfeita que, mesmo assim, teima em subsistir. E a vida surge-nos como essa excepção, à tona da morte onde tudo o mais é perfeito porque tem início e tem fim. Teima em ser o desvio que se assume como a verdadeira directiva do ser vivo, vivenciando-a como a última água do deserto. Um acaso original que nasceu sem pecado; nasceu extraviado e tudo o mais são comportamentos manifestos dos sobreviventes aglutinados em torno de uma bolha de oxigénio.
No meio do nada, completamente belo, surgiu este impulso incoerente, totalmente incoerente, que assina, obliterando, a beleza da perfeição: o não-existir.
2 comentários:
E essa a razão de vivermos cada dia como se fosse a última água do cantil no deserto - um dia é certo que morreremos!
Beijocas e carpe diem, querida Su! :)
Não gosto da razão...gosto do cantil, no entanto...
Beijinhos grandes, Teté. :)
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