-" Já vai!";
-"Ai isso não é comigo, é com a Doutora.";
- "Agora não, estamos muitos ocupados.";
- "Tem de aguardar mais um pouco, estamos com falta de pessoal".
Isto são algumas das expressões mais correntes...sim, "Já vai" e o meu pai teve de esperar quatro horas por um pouco de água porque estava imóvel numa maca (após outras quatro horas de quase inconsciência!). E bebeu água, sim: em casa. "Agora não, estamos muito ocupados." quando passo por alguns desses mesmos corredores e vejo num dos gabinetes um "Kit Kat" entre um médico e uma enfermeira, em que ambos, comodamente sentados, falavam "naquela com quem saíste ontem à noite" ou "naquele a quem já telefonaste". Quando recebeu alta (e mesmo sem quase se conseguir levantar, esqueceram-se dele numa sala, assim como de entregar os exames que tinha realizado! Tive de ir "incomodar" a pobre da médica que o acompanhou no segundo turno! A expressão dela era do género:"Que coisa! Mas para que é que estas pessoas querem saber os resultados dos exames, e o porquê de ficarem assim doentes, não é?!" Depois, como deve haver mesmo falta de pessoal (visto que as prioridades do nosso governo não são mesmo a Saúde e a Educação), tem de se esperar, na enorme mas apinhada sala de espera (apenas com uma casa-de-banho!) por informações sobre os respectivos familiares que , como no meu caso, entra à hora de almoço e sai às tantas da madrugada, segundo um horário adequado às necessidades do hospital. Ou seja, de manhã e de tarde há o período de uma hora para se requisitar informações sobre os doentes. Das cinco e meia da tarde até à meia noite temos de aguardar, sem saber nada dos mesmos (se está melhor, se pior, se fica internado...)...nem vou comentar a ausência de informação durante toda a madrugada... Sei que é triste escutar as pessoas dizerem:"Ir ao hospital, eu?! Irra, mais vale ficar doente!"
-"Ai isso não é comigo, é com a Doutora.";
- "Agora não, estamos muitos ocupados.";
- "Tem de aguardar mais um pouco, estamos com falta de pessoal".
Isto são algumas das expressões mais correntes...sim, "Já vai" e o meu pai teve de esperar quatro horas por um pouco de água porque estava imóvel numa maca (após outras quatro horas de quase inconsciência!). E bebeu água, sim: em casa. "Agora não, estamos muito ocupados." quando passo por alguns desses mesmos corredores e vejo num dos gabinetes um "Kit Kat" entre um médico e uma enfermeira, em que ambos, comodamente sentados, falavam "naquela com quem saíste ontem à noite" ou "naquele a quem já telefonaste". Quando recebeu alta (e mesmo sem quase se conseguir levantar, esqueceram-se dele numa sala, assim como de entregar os exames que tinha realizado! Tive de ir "incomodar" a pobre da médica que o acompanhou no segundo turno! A expressão dela era do género:"Que coisa! Mas para que é que estas pessoas querem saber os resultados dos exames, e o porquê de ficarem assim doentes, não é?!" Depois, como deve haver mesmo falta de pessoal (visto que as prioridades do nosso governo não são mesmo a Saúde e a Educação), tem de se esperar, na enorme mas apinhada sala de espera (apenas com uma casa-de-banho!) por informações sobre os respectivos familiares que , como no meu caso, entra à hora de almoço e sai às tantas da madrugada, segundo um horário adequado às necessidades do hospital. Ou seja, de manhã e de tarde há o período de uma hora para se requisitar informações sobre os doentes. Das cinco e meia da tarde até à meia noite temos de aguardar, sem saber nada dos mesmos (se está melhor, se pior, se fica internado...)...nem vou comentar a ausência de informação durante toda a madrugada... Sei que é triste escutar as pessoas dizerem:"Ir ao hospital, eu?! Irra, mais vale ficar doente!"
7 comentários:
Pois é, Su, infelizmente os hospitais públicos portugueses funcionam muito mal. E não é só o de Almada, o de Amadora-Sintra segue o mesmo caminho: aqui há cerca de 3 anos a minha sogra esteve lá 12 horas!!! E a única coisa que comeu foi um iogurte, que foi o que a minha cunhada lhe conseguiu arranjar...
Enfim, é uma tristeza adoecer nesta terra. As melhoras para o teu pai, amiga.
Beijinhos!
Olá querida, passei pra desejar um Feliz Natal e um maravilhoso início de ano!!!!! Mil beijocas e fique com as bençãos de Deus!
Olá Su!!!
Pois é, infelizmente é a realidade do nosso país!
Olha q o meu avô teve dois derrames e na altura teve um ataque de epilepsia associado ao derrame e teve q ir p o hospital....a minha mae pediu por favor p ficar la c ele p ele n ficar sozinho....pois a enfermeira disse "não se preocupe que eu fico com ele, fico ao lado dele..." insistiu tanto q a minha mae convenceu-se e confiou que ela e combinou q no dia a seguir estava la p ir buscar o meu avô...n vais acreditar....no dia seguinte a minha mae chegou la e o meu avô queixava-se de dores no corpo e qnd a minham mae viu tava td pisado de um lado do corpo...sabes o que aconteceu? tinha caido abaixo da cama, n sabemos se foi outro ataque ou se caiu sem querer, pk na altura cm tava c derrames a memória apagou-se durante aqueles dias....e porque a besta da enfermeira n teve cuidado e n ficou ao pé dele....bem, a minha mae passou-se, fez um escandalo no hospital!!!
é uma vergonha o pais que temos!
beijinho* Feliz Natal******
Um grande beijo e feliz Natal para ti e para os teus. Muita saúde!
Olá Su!!!
Olha recebeste o meu mail c as dimensoes das malas?
beijinho*****FELIZ NATAL***********
Infelizmente é mesmo assim. Um grande beijinho para o teu Pai e para toda a tua família. Dias melhores para vós.
Ai, linda... infelizmente também eu conheço mais do que o que gostaria os corredores desse hospital... as urgências é com frequência sempre a mesma macacada... :( Acho que os culpados de muita coisa também são os funcionários que se comportam como funcionários públicos que se o são em termos da lei, não o deveriam ser noutros termos... :( Tristeza, e custa tanto ver as pessoas doentes, fragilizadas, não terem um tratamento digno... :( E revolta e dá cabo de nós quando é da nossa família e amigos que se trata... enfim; mas depois também há o reverso da medalha... sabes que foi aí, no Garcia da Horta, na Unidade de Cuidados Intensivos, salvaram a vida à minha avó de uma vez e ao meu avô de outra... :) Eu acho que também vai muito das PESSOAS que desempenham os serviços... tem de ser com o coração e as pessoas esquecem-se disso às vezes... outras, quer no ensino quer na saúde, continuam a desempenhar o seu serviço com o mesmo sentido missionário de sempre... é a esses últimos que eu luto por pertencer... apesar de todas as machadadas que uma pessoa leva... :(
Estava um pouco preocupada, linda; folgo em saber que o teu pai teve alta rapidamente... :)
Beijos, amiga querida... e as rápidas melhoras para o papi! :)
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