Existem determinados rituais que vamos descobrindo ao longo das nossas vidas, correspondentes a outras eras e a outros tempos. Numa altura em que o próprio Tempo parece correr vertiginosamente para um pós-modernismo “elevado a um extremo inefável”, em que o presente de hoje amanhã já é obsoleto, ainda encontramos reminiscências disfarçadas de mitos e de lendas, devido às suas estruturas não encaixarem com o pensamento contemporâneo. Obviamente, surgem revivalismos religiosos, estéticos e culturais a toda a hora, apenas como modas que voltam e que vão, ao sabor da vertigem consumista deste século. Finais dos tempos, dizem uns?! Cá para mim, é mais uma repetição dos tempos.
Numa das nossas incursões pela bela Galiza, encontramos no Mosteiro de Santa Cristina de Ribas de Sil (Ourense) a árvore sagrada que ali serve de altar de devoção e de pedidos de inúmeros crentes. Esta árvore tem já um culto antigo, sendo bastante conhecida na região. Herança, talvez, dos habitantes celtas e dos seus sacerdotes, que adoravam as árvores e a natureza, restando como prova de uma não total conversão dos locais à cristianização. Para além disso, existe a crença de que quem entrar nos seus cascos e cavernas ocas acabará por ser curado dos males de que se padece. Por entre as ruínas do mosteiro beneditino (século IX) e igreja românica (século XII), e por entre a enorme extensão de centenários castanheiros, surge este outro castanheiro, com a forma bizarra e grotesca, parecendo encerrar uma caverna dentro de si mesmo, que podemos vislumbrar na parte detrás. Os seus ramos, vestidos ou despidos conforme a época, estão pejados de fotografias. Também de terços, colares, pulseiras, moedas coladas, cigarros, doces, imagens de santos e muitos papéis com pedidos escritos em diversas nacionalidades. Desde aquela estudante que queria ter boas notas num exame de faculdade a alguém que queria deixar de fumar; ou outra pessoa que tinha uma doença incurável e que estava em desespero de causa. O certo é que o santo em destaque na árvore (penso que fosse São Benito) tem muito para onde se virar. E como diz o velho ditado:”Em Roma, sê romano!”…nós não fugimos à regra e deixámos os nossos pedidos. Ali ficou ele, resguardado por algo que dizem que não é assim tão biodegradável. Neste caso, dá jeito. O Luís disse-nos que quer lá voltar daqui a vinte anos para ver se o papel ainda lá se encontra...e se os pedidos que fizemos a este Santo deram resultado! E o que é que se pode querer mais?!
Numa das nossas incursões pela bela Galiza, encontramos no Mosteiro de Santa Cristina de Ribas de Sil (Ourense) a árvore sagrada que ali serve de altar de devoção e de pedidos de inúmeros crentes. Esta árvore tem já um culto antigo, sendo bastante conhecida na região. Herança, talvez, dos habitantes celtas e dos seus sacerdotes, que adoravam as árvores e a natureza, restando como prova de uma não total conversão dos locais à cristianização. Para além disso, existe a crença de que quem entrar nos seus cascos e cavernas ocas acabará por ser curado dos males de que se padece. Por entre as ruínas do mosteiro beneditino (século IX) e igreja românica (século XII), e por entre a enorme extensão de centenários castanheiros, surge este outro castanheiro, com a forma bizarra e grotesca, parecendo encerrar uma caverna dentro de si mesmo, que podemos vislumbrar na parte detrás. Os seus ramos, vestidos ou despidos conforme a época, estão pejados de fotografias. Também de terços, colares, pulseiras, moedas coladas, cigarros, doces, imagens de santos e muitos papéis com pedidos escritos em diversas nacionalidades. Desde aquela estudante que queria ter boas notas num exame de faculdade a alguém que queria deixar de fumar; ou outra pessoa que tinha uma doença incurável e que estava em desespero de causa. O certo é que o santo em destaque na árvore (penso que fosse São Benito) tem muito para onde se virar. E como diz o velho ditado:”Em Roma, sê romano!”…nós não fugimos à regra e deixámos os nossos pedidos. Ali ficou ele, resguardado por algo que dizem que não é assim tão biodegradável. Neste caso, dá jeito. O Luís disse-nos que quer lá voltar daqui a vinte anos para ver se o papel ainda lá se encontra...e se os pedidos que fizemos a este Santo deram resultado! E o que é que se pode querer mais?!