Pesquisar neste blogue
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
debaixo das escadas do coração
e quando quero sair porta fora
o corpo corre mais do que a alma
não descanso no outro lado da rua
e quando olho para a minha janela
vejo-me de novo a olhar para mim mesma
como reflexo partido de um velho espelho
não sei se atravesse
não sei se espere um sinal
que deus seja o semáforo providente
que brinca com a nossa loucura
e o diabo o polícia sinaleiro
que nos fecha os olhos e obriga a avançar
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
FORA DA PRATELEIRA: O Segredo dos Caroços de Maçã, de Katharina Hagena.
Na lista das "palavras bonitas"
As "palavras enganadoras"
As "palavras baralhadas"
As "palavras secretas"
**********************************************************
Para além, disso, foi o primeiro livro que li dentro das normas do novo acordo ortográfico.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
ATENTADO CULTURAL com...
Um pouco ao estilo do projecto internacional do Bookcrossing, a ideia era a de "abandonar" um livro num recanto qualquer, como uma espécie de oferta a um desconhecido. Com as palavras de cada livro, atentar, aguçando o apetite literário, o mais incauto transeunte.
Ofereci o meu a quem o quisesse ler, nuns jardins mouriscos, algures em Carnaxide.
Boas leituras.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
...todas as letras escritas e colapsadas no altar onde se queima o coração poisam em forma de cinza nas nossas almas, e delas é o Dia do outro Dia, daquele que tem raízes na precocidade de o ser antes de Ser… e o existir veste o amanhã como forma imaterial e plástica, onde o Tempo não tem esqueleto que articule logicamente todas as peças de cada corpo…porque cada uma dessas peças se fundem, não só nesse devir, como também se se tratassem de um único e mesmo ser.
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
EL SOBREVIVIENTE, por Javier Sicilia
y, sin embargo, habita como un hueco que viene de los muertos,
de las blancas raíces del pasado.
¿Hacia dónde volverse?;
¿hacia Dios, el ausente del mundo de los hombres?;
¿hacia ellos, que lo han interpretado hasta vaciarlo?
¿Hacia dónde volverse que no revele el hueco,
el vacío insondable de la ausencia?
Hacia ellos, los muertos, que guardan la memoria
y saben que no estamos contentos en un mundo interpretado.
Mas las sombras, las sombras que la interpretación provoca
y nos separa de ellos,
las sombras con su viento todo lleno de la abierta ventana hacia el espacio,
las sombras donde no hay anunciación
trabajan nuestro hueco.
¿Será que ya no hay nada atrás de ellas,
o el oscuro dolor por nuestros muertos
–como el amanecer que empieza a medianoche,
a la hora más oscura de la noche–
anuncia su retorno en el sigilo?
¿No es tiempo de encontrarlos nuevamente
donde nada parece retenerlos,
así el roshi descubre el todo en el vacío que no contiene nada?
Tal vez sí, porque sus voces vienen de lo oscuro,
de su vacío vienen
como un rumor de río en un riachuelo,
como un dulce reclamo imperceptible,
como una tenue estrella entre las sombras
vienen sus voces, vienen desde lejos.
Óyelas, corazón, como sólo los mojes sabían escucharlas
atendiendo en el rezo su incesante llamado
con los pies en la tierra.
Así los escuchaban,
escuchando el arriba y el abajo,
preservando en sus tumbas el suelo que habitaron con nosotros.
No es así que tú puedes escucharlos en el espacio en sombras de un mundo interpretado.
Pero escucha la queja de lo Abierto,
el mensaje incesante, esa advertencia que viene desde lejos,
ese rumor tan suave que casi nadie escucha
y llega a ti de todas las iglesias,
como si en esas piedras, que guardan la memoria de los muertos,
habitara la llama de su estar con nosotros,
de su sola presencia en la resurrección
y descorriera un poco nuestras sombras.
Porque es difícil vivir en un mundo sin ellos,
difícil no sentir a nuestros muertos alimentando las obras de los hombres;
difícil no seguir sus costumbres, que apenas conocimos;
difícil habitar en las sombras
como un alucinado que repentinamente recobra la memoria
para luego volver a su intemperie;
difícil ver aquello que los hacía nuestros flotar en el espacio y diluirse.
Estar vivo es penoso,
y nosotros, nosotros, que los necesitamos con sus graves secretos,
nosotros, que sabemos que no podrán volver a un mundo interpretado,
a veces escuchamos, como un ligero viento, ascender de las sombras
la música primera
que forzando la nada trajo a Eurídice al mundo;
una nota tan tenue, tan pura como el Cirio
que promete su vuelta en medio de las sobras
y nos trae el consuelo."
(Nota: foto de um pormenor na aldeia fantasma do Colmeal - Guarda)
quinta-feira, 16 de junho de 2011
pater familias
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
…quando as sombras se demoram, tenuemente, sobre o parapeito da alma, sei que as palavras que espreitam por detrás das linhas cruzadas da vida são capazes de se soltarem ainda mais para além da sua prisão cinzenta…
…quando as lágrimas secam ao nevoeiro, presas por significados de tudo o que ficou por dizer, evaporam e sobem aos mais altos desígnios, pois quando partem do coração, mesmo sem terem corpo falado, chegam verdadeiramente aos céus…
...e transformam-se no Mundo que quisermos.
domingo, 16 de janeiro de 2011
...que horas são, afinal?
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Ao deambular pelo blog do Pensamentos Vagabundos encontrei este desafio (sim, já antigo!) que sempre achei curioso, e que está sempre dependente (quanto a mim!) do estado de espírito musical do dia. Hoje estou "numa" de Radiohead por isso...aqui vai:
1. O Cantor/ Banda escolhido (a) foi: RADIOHEAD
2. Responder às questões com títulos das músicas desse artista ou grupo musical:
2.1. És Homem ou Mulher? "Vegetable"
2.2. Descreve-te: "I Am Citizen Insane"
2.3. O que as pessoas acham de ti? "Paranoid Android"
2.4. Como descreves o teu último relacionamento? "Idioteque"
2.5. Descreve o estado actual da tua relação. "All I Need"
2.6. Onde querias estar agora? "Sail To The Moon"
2.7. O que pensas a respeito do amor? "(Nice Dream)"
2.8. Como é a tua vida? "Life In A Glasshouse"
2.9. O que pedirias se pudesses ter só um desejo? "How to Disappear Completely"
2.10.Escreve uma frase sábia. "Go To Sleep"
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
NA TELA DA TEIA: BLACK SWAN
A cada filme que passa, torna-se difícil escolher o melhor filme de Darren Aronofsky. Este realizador já conta com alguns dos filmes que me marcaram mais, tais como Requiem For A Dream; The Fountain - Last Chapter e, presentemente, Black Swan. A sua técnica, a nível de realização, talvez seja um conjunto simples de características: movimentos de câmera rotacionais atrás e à frente das personagens; pequenos pormenores acompanhados de uma excelente sonoplastia; a magia gráfica da imagem; a presença dominante de determinadas cores nos cenários...neste filme temos o jogo entre o preto e o branco, jogo este que acompanha magistralmente o argumento deste filme.
Natalie Portman move-se adequadamente no seu papel de uma bailarina de uma companhia, que fica com o papel da Rainha dos Cisnes no "Lago dos Cisnes". Ao mesmo tempo que terá de representar o Cisne Branco e o Cisne Negro (o seu terrível gêmeo) em palco, na vida real a sua personalidade começa a sofrer transformações derivadas a diferentes pressões que a assolam: desde uma mãe frustrada profissionalmente que deposita o sucesso na sua filha, a um desejo obcecado por perfeição. A loucura e a liberdade a par e passo numa corrida que culmina com a noite de estreia de "O Lago dos Cisnes". Ganham ambas (loucura e liberdade) numa simbiose perfeita. Um triller psicológico belíssimo que de certeza não deixará de marcar quem assistir a este filme.
Quase sem palavras, e melhor do que não dizer nada, apenas deixo este adjectivo: PERFEITO.
Estreia prevista em Portugal: 3 de Fevereiro.