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terça-feira, 29 de janeiro de 2008
sábado, 26 de janeiro de 2008
FÉ QUEBRADA
Que não abro, apenas escondo,
E quando abro as páginas do Teu nome
Sopro-as uma a uma,
Com a tempestade da urgência do desejo
De Te descobrir à luz do meu dia.
Espalham-se todas as lógicas do mundo
À Tua eterna passagem,
Tropeçando nas janelas abertas
De todos os corações que Te vêm receber.
Não Te conhecem mas desejam-Te.
Não Te vêem mas adivinham-Te.
Não Te acreditam
Crendo, no entanto,
Que não acreditar em algo
Não é ser-se humano.
Aprendem uma história qualquer
Nas armadilhas do Tempo
E seguram-na à memória
Através de espinhos de pó e de barro.
Eis um Homem.
Enganando-se a si mesmo. Conta-se o dia-a-dia
Na cruz que se pregou à alma
E na ausência de pregos
Usam-se as palavras.
No eclipse do Teu corpo
Ajusto a visão da minha fé:
Cega e desesperada.Não compro. Não vendo.
Observo. Aprendo.
A duvidar.
domingo, 20 de janeiro de 2008
...NÃO SE VÊ...
- Não vi.
- Fria, escura, nua e calada. Rainha Cinzenta. Encostada a cada esquina onde se perdia a realidade. Um passo à frente era igual a um passo atrás. Por isso, não caminhava. Deambulava. Os passos presos eram pregos na alma: se sofria não dizia; se sorria não mostrava.
- Não vi.
- Vi-a hoje de manhãzinha.
- Não vi.
- Tímida, desperta, inquieta e deslumbrada. Rainha Prata. Fantasma solto da sua estátua que se dissolvia ao nascer do sol. Um rasto. Passos quentes e suaves, como quem não quer acordar aquele que dorme em si mesmo. Porque tem medo do mundo lá fora. Porque não sabe como é que ele acaba.
- Não vi.
- Vi-a hoje, ao entardecer.
- Não vi.
- Plena, solta, destemida e transformada. Rainha Vermelha. Incendiava os olhares de papel ao sabor das suas palavras. Nascendo sóis atrás das suas pegadas, marcadas a fogo enquanto caminhava sobre a nossa consciência. Recolhia as cinzas no seu corpo, desenhando os destinos queimados no horizonte da Vida.
- Não vi.
- Vi-a há pouco, agora que anoiteceu.
- Não vi.
- De certeza?
- Não vi.
- Cruel. Determinada…a Tempo e a Horas. Rainha Negra. Trago o finito da tua existência contemplado no infinito da tua alma. Pago o teu último sopro com palavras envenenadas e recebo como troco as tuas memórias passadas. Colecciono-as como fotografias apagadas do que nunca poderei ser. Recorto a tua vida para mim e vivo-a, eu, agora, intensamente, em apenas num instante. Saboreio-a e faz de conta…
- Nunca te vi.
- Quem só me vê agora…acorda tarde demais para a VIDA.
XXX
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
SONHOS E PRÉMIOS...cinema e mimos!
Realização: Woody Allen
Quem não gosta de ver a sua vida encaminhada da melhor forma? Até onde vai a ambição do ser humano?
Esta é a história de dois irmãos que, desde o início, se apresentam um como sendo o intelectual e o outro como o musculado da família. Ambos querem deixar para trás uma vida de classe média baixa inglesa e subir na vida. Um aposta nas diversas vertentes do jogo, acabando por se aperceber que se torna uma doença; outro decide apostar em investimentos e negócios de alto risco. Pelo caminho deste processo, surge uma actriz pela qual um dos irmãos se apaixona e que o faz tornar-se, ainda mais, ambicioso, fingindo ser uma pessoa que não é de modo a agradar à sua actriz. A forma de resolver os problemas que vão surgir e, de algum modo, concretizar os sonhos de ambos, é aceder prestar um favor ao tio de ambos, um médico milionário, que lhes pede, em troca, a concretização de um crime.
Não existe musa “fétiche” neste filme de Woody Allen (ao contrário do que vinha sendo feito!); a acção concentra-se na brilhante interpretação de Colin Farrell que representa uma personagem doente e viciada no jogo e no álcool, em constante luta consigo mesmo, a partir do momento em que actua contra os seus princípios.
Um filme com uma estrutura fiel às tragédias gregas clássicas, em que o crime e castigo surgem ao lado de um certo conceito de film noir, para traduzir de um modo simples os grandes dramas humanos e consequentes dilemas morais. A água é um fio condutor que surge, no início do filme, como um dos meios para concretizar a felicidade dos dois irmãos quando compram o seu pequeno veleiro, ao qual dão o nome de Sonho de Cassandra. O mesmo termina também no mar e o sentimento que rodeia este veleiro já não é o da felicidade…
Banda sonora excelentemente a cargo de Phillip Glass.
PRÉMIOS E NOMEAÇÕES
A Teia recebeu alguns prémios e, deste modo, para dar continuidade à passagem do testemunho, vou distribui-los, tentando cumprir, quase à risca, as suas regras! Assim, a marias do blog Amor Infinito e a papoila do blog A Papoila atribuíram-me o Prémio Escritores da Liberdade. A Teia sempre seguiu este conceito de escrita livre, quase ao sabor da corrente dos sentimentos, pensamentos e situações, procurando dar vazão aos imensos temas livres e temas que apelam à liberdade da escrita (e moral!). Assim, é regra deste prémio nomear mais dez bloguistas:
Do Filipe Oliveira e da Papoila recebi o prémio É um blog muito bom, sim senhora! E da Papoila recebi, também, o prémio Eu tenho um blog de elite! Para estes dois últimos prémios tenho de, para além de dar indicação de quem os atribuiu, indicar mais outros sete blogs.
Marias
Entre Telas e Pincéis
Mixtu
Impulsos
Som do Silêncio
alice
Tentei fazer uma distribuição por cada um dos blogs que visito, e um prémio por cada um, de um modo aleatório. Ficaram mais blogs por nomear…mas não se considerem de fora. Assim que entrarem neste post também os podem levar (aqui está a fuga à regra…bem no final…).
Vocês é que são todos de ELITE!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
TEIA DE ARIANA, by AZER MANTESSA
This pattern is seen as the blue phi ratio structure with a radial webby like-structure.
It is calculated under formula C°=Z°: Z2=Fn1(Z); Z=Sin(Z)-C; C=1/(50*Z2) which is a mathematical polinomial set 3. The parameter has only a function CATan. Filter properties used are Weights I with a filter limit of 0.02 . Transformational calculations are set to be normal.
Coordinates of this pattern are set at:
X = -2.40000009536743164
Y = 2.40000009536743164
W = 4.80000019073486328
For the coloring, maximum iteration is set at 70.0.
This pattern is rotated at 90 degree.
Mathematical bailout is set at 2.
This pattern is calculated to be the background of 'The Spider's Web' and seen with a strong crystallized warming colors of red, white, blue and green.
It is calculated under formula Z=Fn1(Z); Z=Z*Z + Z + Fn2(C) which is a mathematical Optimized 3. The parameter has only two mathematical functions which are CLog and CLdent. Filter properties used are Stalks-2 (II) with a filter limit of 0.12 which is totally filtered. Transformational calculations are set with another mathematical formula: Sin + Sin Cos + Sin.
Coordinates of this pattern are set at:
X = -16.2890706738900014
Y = -5.25914951673642938
W = 4.80000019073486328
For the coloring, maximum iteration is set at 114.0
This pattern is rotated at 270 degree.
Mathematical bailout is set at inverted 150."
E agora a sua interpretação deste padrão, também pelas suas próprias palavras:
"My personal interpretations of Pattern 'Teia de Ariana'
As 'The Desire Within' is represented by a crystallized structure, I guess it means Pure and Strength. However, the reddish warming colors of the crystals do represent a burning desire yet to be released. As 'Teia de Ariana' prefers purity to be remained, the crystals are protected by the 'The Spider's Web' which has strengths in two ways (1) The structure of the web itself and (2) the structure of the phi ratio (any structure in the universe built upon the phi ratio is strong). So protect the purity of the crystals or else ... "
Ondas de luz
Que se desenrolam
Do teu corpo
Nos meus dedos
Anéis que brincam;
São estrelas na areia
Que guiam.
Conhecer-te,
Mesmo esse eco
Que se disfarça
De distância,
Toca este olhar
Que (me)
Te lembra.
E
Quando as ondas
Te trazem
No vaivém do Tempo
Construo castelos
Para
Te eternizar,
Numa realidade
Com um final feliz.
Assim o diz
Aquele velho búzio
Que escutamos.
Palavras marmóreas
Que fluem dos anos.
Que falam das estrelas
- Sedentas de brilhar
Caminhantes de um tempo:
Aquele
Em que se dão as mãos.
Convergindo
Para o mesmo encontro:
Nós.
Susana Júlio, in Riscos que ficaram no Tempo/ Jogo de Espelhos, Editora Som da Tinta
Mais uma vez, Azer, muito obrigado pela tua atenção e por este presente fantástico que ofereceste à Teia. Os meus parabéns pela forma como expressas a arte que vai aí dentro de ti. Que a desenvolvas e lhe dês sempre o lugar certo neste nosso Universo, como cada um de nós tem o seu cantinho: "You are a child of the Universe, no less than the trees and the stars; you have a right to be here. And whether or not it is clear to you, no doubt the universe is unfolding as it should be. This is The Desiderata. Order of Life? Yes, it is." (Azer Mantessa).
sábado, 12 de janeiro de 2008
UNIVERSO A QUATRO MÃOS...
xxx
... e qual é a medida do Universo em cada um de nós?!...
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
O QUE É QUE SE PASSA AÍ EMBAIXO?!
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
ÁTIA
Há-de ir à consulta do veterinário para ficar com tudo em dia e saber-se com mais precisão a idade dela...mas deve andar à volta de um ano.
Adora dormir, brincar e provocar o Sky, puxar-me o cabelo, trepar a árvore de Natal, é vaidosa ao extremo assim como asseada, e carícias..só algumas enquanto ela quiser! Temperamental mas meiga!
E chama-se Átia!
E já agora, sabem qual é o significado do nome dela e quem o usou?!
domingo, 6 de janeiro de 2008
O QUARTO REI MAGO
E o quarto Rei Mago?! Conheciam?!
quarta-feira, 2 de janeiro de 2008
TEMPO A "QUATRO MÃOS"...
O relógio que avança aos segundos,
Passo a passo,
Um a um,
E o caminho que ambos definem
Revela a eternidade do tempo:
À nossa frente
Essa imensa grandeza arquitetada grão a grão, Testemunha solitária
Arrastando civilizações, povos e culturas.
Como ser vivo que se finge de morto
Na esperança de encontrar algo de melhor,
Purificando a essência da humanidade,
Até à última gota do que chamam de existência.
Segue o tempo.
Imutável.
O tempo, deteriorização do imperfeito,
Verbo escondido por conjugar. A transmutação do verme:
A lagarta na mais bela borboleta. Da Teia se cobre a mais fina seda.
Tempo é eliminação.
Processo natural de selecção.
O tempo é a incrível marca invisível do não se sentir satisfeito.
Que carregamos como tatuagem viva nas nossas almas. Tempo é dinâmica.
Movimento que nunca apanhamos.
Tempo é a plenitude do nada,
Onde tudo se finaliza e recomeça.
E a breve vida de cada um
Cabe apenas no espaço de um abrir e fechar de olhos. O tempo são duas forças eqüidistantes,
Elásticas, distendidas, incorporadas que são,
Por não existir uma sem a outra. Gémeas orfãs de pai e de mãe.
Uma agrega: encaixando desordenadamente aquilo que vaga no universo,
Materializa, unindo campos incompletos.
A outra altera, recompõe e reordena.
Deus e o Diabo ditando os mesmos deveres.
Uma brutaliza, a outra lapida.
Dependendo da perspectiva,
A escola é a mesma. O tempo existe tal como o silêncio.
Algo inerente a todas as coisas e atos,
Mas que não se concretiza,
Porque já está lá. Tal como o tempo,
O silêncio é a intervenção,
Já sendo o todo.
É a síntese onde tudo se conceitua,
Planeja e constrói,
Como também que danifica,
Destrói,
Propiciando assim um eterno recomeço.