Olha como esperam por ti!
Olha como te fitam
como se sempre tivessem sido o teu horizonte!
Vê como te chamam,
como se transformam em fonte,
pequena ribeira, longo rio e parte do teu mar.
Olha como te fitam
como se sempre tivessem sido o teu horizonte!
Vê como te chamam,
como se transformam em fonte,
pequena ribeira, longo rio e parte do teu mar.
Olha como é espantoso o apelo,
como é persuasivo
e como enfrenta a indiferença das tuas mãos!
Olha como és cativo
dos seus domínios pagãos,
da sua força divina e do seu poder de encantar.
Final inevitável: Rendição.
Postura espectável: Desarmar.
poema por Carmen Zita Ferreira
poema por Carmen Zita Ferreira
fotografia por Nuno Abreu
22 comentários:
Olha como é espantoso o apelo das letras, que conjugadas formam as palavras, palavras essas que flúem como um rio selvagem até ao mar e ai desarmam qualquer alma perdida no horizonte, com a beleza do que é escrito…e acompanhadas com a imagem ideal a rendição é completa.
Magnifico poema.
Espantosas são sempre as tuas palavras, cheias de simbolismo e de um enorme sentimento!... Beijinhos
Amei, CZ!
E faz de facto sentido aqui na Teia! Que a onda de carinho, simpatia e amizade não perpassa em todos os canais da blogosfera.
Jinhos grandes para ambas!
Sombras: Este belíssimo poema não é meu; é da Carmen Zita Ferreira. E sim, são palavras cheias de sentido!
Teté: Sempre foi este o objectivo da Teia...fazer dela uma "casa" acolhedora onde os amigos "puxassem" uma cadeira, se "sentassem" e gostassem de estar, partilhar. :)
Taliesin: fazes das palavras um outro jogo, não de espelhos, mas sim de continuação ao sabor enérgico e apelativo deste poema, porque é de força que ele fala, de origens e de continuação.
;)
E é óptimo quando, por fim, nos rendemos à beleza daquelas formas e contornos. E de todas a variações que podemos fazer ao escrever cada letra. E tocar no papel depois de escrito e senti-lo preenchido...
Carteiro: O papel ainda é a forma mais apelativa e apaixonante de largar as palavras, do toque para o toque, o aroma fazem o corpo do que se escreve...o texto!
Susana, onde é que posso adquirir as vossas publicações? procurei e não encontrei.
bj
Gostei. E, não sei porquê, deu-me vontade de ouvir música Celta por uns minutos.
Ah, Su! À última hora não pude ir ao concerto por motivos que não vou contar: ainda estou a tentar conter certos instintos primatas que todos nós, humanos, transportamos cá dentro e, se me ponho a falar sobre isso, não há Zoo que não me queira. :))
Restou-me a consolação de alguém especial, que ocupou o meu lugar, me ter ligado quando a Liz Fraser cantava o Teardrop. E soube bem, pela intenção...
Um dia bom.
:)
Uma conjugação inevitável na paixão pelo sentir e partilhar...
Serenos sorrisos
desarmar...
as palavras que ganham sentido
as palavras que se sentem...
desarmar para armar...
abrazo europeo
por aí abaixo
meio cá
meio lá
e despertar
no deslumbramento da postura final.
beijos
_______.
alice: Os livros estão disponíveis com as editoras dos livros ou então com os próprios autores. O primeiro já esteve na Fnac de Almada à venda mas agora penso que já não.
Eduardo: És um sortudo. Liz Fraser ao telefone não é para quelquer um!! ;) De facto, só pode ser especial alguém fazer isso num concerto. De certo modo, afinal estiveste lá!
Olha, música celta fica sempre bem. Sou adepta e "íntima" deste género musical! Bem lembrado. Já esteve a tocar na Teia na altura do post sobre Gerês e Galiza!
serenidade: De facto, há conjugação perfeita neste poema da Carmen. Daí ter ficado apaixonada por ele logo no primeiro instante em que o li! ;)
mixtu: abraço europeu. E do Chile não há novas?! Sim, as palavras tanto desramam como armam...é uma questão de perspectiva e de atitude! ;)
letras de babel: não reina "confusão" entre as tuas letras...apenas pura poesia. :)
Obrigada a todos, pelas palavras de apreço! Obrigada, principalmente, à Susana, pelos motivos mais evidentes e pelos outros todos.
Quanto à fotografia: O que dizer? É do Nuno Abreu e basta!
Nem sei bem o que dizer...
Pois a força das palavras da autora deixarm-me assim...
Deliciada e sem saber o que aqui escrever...
Gostei imenso!
Carmen: amiga, a mim não tens que agradecer nunca nada! Entre nós...basta existir o que existe! : )
tonsdeazul: É de facto um poema com muita força! ;)
É, definitivamente, um poema muito sentido, muito bonito. Gostei verdadeiramente da harmonia das palavras e do toque pessoal... pequenas palavras de parabéns carmén. beijinho também para suzana. Elsa
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