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O filme está dividido em vários capítulos, Alex vivendo no Alaska (seu último destino) e a viagem que efectua até chegar a este lugar paradisíaco, incluindo flashbacks da sua juventude, com trágicos momentos do ambiente familiar em que cresceu e que sempre rodeou os seus pais. Ao longo da película vamos também conhecendo as últimas pessoas que tiveram a possibilidade de conviver com McCandless na sua viagem para o Alaska.
Quando estamos bem introduzidos no filme, o realizador pára a narração ( de Alex e de sua irmã) e inicia-a de um modo visual para a descrição do que existe na mente de Alex. É com este estilo visual que Sean Penn nos cativa com uma tal mestria, que por vezes sentimos que estamos a viajar lado a lado, ou até mesmo a sentir o que Christopher sentiu ao efectuar tal aventura, “aprisionados” pela própria natureza.
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As imagens podiam ser autênticos quadros visuais de poesia, a par e passo da mensagem que este filme nos transmite. Quem nunca desejou partir à aventura, desligar-se das coisas mais mundanas, materiais e banais que nos prendem ao quotidiano e ao compromisso social; quem nunca quis encontrar a serenidade de espírito no viver pelo simples prazer do viver e do existir na sua forma mais pura e verdadeira? Escapar à prisão da Sociedade?
O mergulho do Homem no lado selvagem da natureza, sendo que, desta vez, quem vence a batalha é realmente o selvagem… mesmo que após esta viagem iniciática se descubra uma verdade suprema: “Happiness is only real when shared”.
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Se espreitarem este link AQUI podem ver algumas fotos reais dos últimos lugares onde esteve McCandless (inclusive o por si apelidado de “autocarro mágico”, que o acolheu durante 100 dias, e que neste momento está transformado em museu, em sua homenagem).
Se tivéssemos de fazer um TOP3 de filmes, para os vencedores dos Óscares, fomos unânimes em decidir assim:
1º INTO THE WILD;
2º O ASSASSINATO DE JESSE JAMES PELO COVARDE ROBERT FORD;
3º EXPIAÇÃO
Mas não somos os críticos…apenas uns grandes amantes do bom cinema, que gostam de partilhar estas sugestões com todos vocês!
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Em memória de Christopher Johnson McCandless (12 de Fevereiro de 1968 – 18 de Agosto de 1992)