



...maldito tempo......refugio em ti entre grãos de areia...não desertifico o meu eu ...queima o pouco das cores...refaz tela ...se justo dá-me cor...nos azuis de mariposa...no movimento da garça...no pelicano me escondo das sombras que trago...enleva o meu dar...vem, deixa sair desta caverna...atrasa o meu tempo!!!
...entre grãos de areia a tempestade de nada saber...o eu passa a dois quando a sombra se põe atrás de mim e é artista impregnado na sua obra de tintas e de pincéis sem nexo e sem direcções sendo cada uma delas semelhante a pequenos oásis que voam a cada aproximação...e a cada fuga do Tempo...a caverna está em mim e quem está nela conhece o meu monstro...sou eu o próprio tempo...


...um diálogo a duas vozes, coerente, mesmo que parecendo algo alucinado, que foi surgindo a partir do primeiro texto a rosa (su), e com continuação a azul (do bono_poetry, do blog TEMPOCRONOMÉTRICO), e depois a rosa novamente, azul, e assim sucessivamente...
Sugestão musical: álbum "Cascade", de PETER MURPHY